sábado, 22 de julho de 2017

Detetives do Prédio Azul (D.P.A.) - O Filme


Na noite desse 22 de julho de 2017, revi Detetives do Prédio Azul (D.P.A.) - O Filme, dessa vez com meu pai, haja visto que da primeira vez vi com a mamãe. Gostei muito das aventuras de Pippo e companhia pelo prédio que já acompanho pela série de TV. O papai não conhecia e teve esse privilégio.


A série de televisão Detetives do Prédio Azul (2012-2016) foi a primeira produção original do canal por assinatura Gloob, destinado ao público infantil. Com uma audiência bem positiva, chegou a hora de o especial voar mais alto, com um longa-metragem para cinema, que pode introduzir esse universo a um novo público. Na trama do filme, os Detetives do Prédio Azul são confrontados com o maior caso de suas vidas: salvar o próprio edifício da destruição. Pippo (Pedro Henrique Motta), Sol (Letícia Braga) e Bento (Anderson Lima) se infiltram na festa de Dona Leocádia (Tamara Taxman), a terrível síndica que é, literalmente, uma bruxa para resolver o caso.


Lá eles presenciam um crime "mágico", que condena o Prédio Azul a uma demolição de emergência. Para completar, a única testemunha - o quadro falante da Vó Berta (Suely Franco) - desaparece, e Dona Leocádia é enfeitiçada para ficar boazinha. Para resolver esse caso, os detetives vão contar com a ajuda do porteiro Severino (Ronaldo Reis), que empresta sua Kombi azul novinha para ser a sede móvel de investigação. A aventura fica completa quando Tom (Caio Manhente), Mila (Letícia Pedro) e Capim (Cauê Campos), fundadores do clubinho original, são trazidos de volta ao Rio de Janeiro para ajudar no caso. Para quem acompanhou a série pela TV, o filme se mostra claramente como uma continuidade do que vem sendo contado, respeitando tanto a curiosidade, quanto o saudosismo e mostrando que fim levaram os personagens que deram início a esta trajetória.


A série protagonizada pelo clube de amigos especializados em desvendar mistérios, estreou em 2012 no Gloob e teve uma das maiores audiências do canal, tanto que recentemente passou a ter o dobro da duração. A série já conta oito temporadas, e teve inclusive boa acolhida da crítica - sendo eleita melhor série infantil na última edição do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Para o filme, elenco e equipe foram mantidos, incluindo o diretor André Pellenz, de Minha Mãe É Uma Peça – O Filme. A Paris Entretenimento já provou que sabe fazer um sucesso infantil com Carrossel - O Filme e aqui repete a dose, num singelo filme juvenil, que sabe claramente quem é o seu público.


O roteiro de Flávia Lins e L.G. Bayão é consistente o suficiente ao propor motivações interessantes e convincentes para tudo que ocorre no filme. Por mais que as rachaduras do prédio azul seja claramente feita com adesivos, o filme faz bom uso dos efeitos especiais, tanto em cenas comuns como na aparição de uma simples caneta, ou a transformação dos suspeitos em bichos, como nas cenas mais elaboradas como no ataque dos livros raivosos na biblioteca, ou na poção de Theobaldo (Charles Myara). Percebi no longa algumas referências visuais do universo dos filmes de Harry Potter, que certamente deve ter inspirado esta obra.


O filme conta com a parceria da Marinha do Brasil, que possibilitou inclusive a gravação de cenas com um submarino de verdade, tornando o imaginário infantil do que está sendo mostrado, funcionando bem dentro da dinâmica narrativa apresentada. O elenco que participa do filme também está bem, contando com grandes nomes como Mariana Ximenes (Bibi Capa Preta), Otávio Muller (Jaime Quadros), Ailton Graça (Temporão) e Maria Clara Gueiros (Bruxa Mari P.). Destaco também a boa utilização de figurino, especialmente na cena da festa dos bruxos e da trilha sonora que varia de Anitta a Psy, passando pela bela canção de abertura interpretada por Maria Gadu.


Acompanhe o trailer de Detetives do Prédio Azul:

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