quinta-feira, 29 de março de 2018

Jogador Nº 1


Fui com o papai assistir a aventura de ficção científica com todos os ingredientes para se tornar um clássico, Jogador Nº1 (Ready Player One, Estados Unidos, 2017) de Steven Spielberg, é baseada no livro homônimo de Ernest Cline, tem a aura da trilogia De Volta Para o Futuro e de outros bons filmes oitentistas que se tornaram clássicos da sessão da tarde, além de uma quantidade absurda de easter eggs, propícia para um filme que estreia no fim de semana da páscoa, época de caça aos ovos!


O filme se passa num futuro distópico, em 2044, onde Wade Watts (Tye Sheridan), assim como o resto da humanidade, preferem a realidade virtual do jogo OASIS, em detrimento ao mundo real onde a pobreza reina absoluta. Algo não tão absurdo numa sociedade que vive conectada aos seus aparelhos celulares e que não sabe o que fazer quando é acometida por uma falta de energia por exemplo.

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Quando o nerd criador do jogo, o excêntrico James Halliday (Mark Rylance) morreu em 2040, deixou um desafio, que vale meio trilhão de dólares, para aquele que descobrir o "easter egg", após ser o primeiro a cumprir três fases. Para vencer o jogo que ele criou com o amigo Orgen Morrow (Simon Pegg), porém, Watts precisa equilibrar seus sentimentos e, relação a sua existência virtual e ceder a um amor iniciado a um avatar e estendido a realidade da qual sempre tentou fugir.


O roteiro de Ernest Cline (autor do livro) que escreveu com Zak Penn, o roteirista de Os Vingadores (The Avengers, 2012), é uma obra prima da cultura pop. O universo dentro do Oasis é magnífico, onde cada um pode ser o que quiser. O filme trata de apresentar muito bem o ambiente tanto real quanto dentro do jogo. Merece elogios o ritmo do filme, que apesar de nos bombardear com muitas informações, consegue não se tornar cansativo, apesar de sua considerável duração. Passaria horas vendo esse filme, tal qual um player dentro de um game. Algo que Pixels (Pixels, 2015) de Chris Colimbus tentou ser, mas não chegou nem perto em termo de qualidade.


Wade Watts se credencia a vencer o jogo, por ser um grande fã de Halliday. Ele é um garoto comum, órfão de pais, que vive com a tia numa espécie de contêiner elevado, dormindo literalmente sobre a máquina de lavar. No Oasis, ele adota o codinome Parzival, com um avatar de um jovem garoto loiro de olhos azuis. Sua referência é Percival, um dos cavaleiros do Rei Arthur, famoso por sua busca pelo Santo Graal. Ele é o primeiro a conseguir vencer a corrida e indiretamente ajuda seu time de amigos, conhecidos como "High Five" a vencerem também o primeiro desafio e enfrentarem juntos os vilões, da Innovative Online Industries (IOI), que querem o domínio do jogo e a riqueza oferecida. Para isso, eles contratam um exército de jogadores para tentar encontrar o prêmio. Eles são comandados pelo Sorrento (Ben Mendelsohn).


Apesar de ser um produto extremamente voltado para o público nerd, o filme alcança todo e qualquer público, por utilizar de linguagem universal. O primeiro desafio do jogo, remete a filmes como Jurassic Park, King Kong, e especialmente aos jogos de corrida tipo Need For Speed. Já a segunda fase, flerta com o mundo zumbi e principalmente com o filme O Iluminado. Já a terceira fase homenageia os clássicos jogos do Atari e nos remete aos gamers de guerra e rpg. Ao longo do filme, destaca-se a trilha sonora de Alan Silvestri.
Por fim, o filme fala aos jovens que melhor do que viverem conectados, é desfrutar dos prazeres do mundo real, como uma boa amizade e verdadeiros relacionamentos amorosos, como o de Percival com Artemis, avatar da Samantha Cook (Olivia Cooke), que se torna o par romântico do herói. Definitivamente este filme tem uma mensagem que a atual geração necessita compreender.

Veja o trailer de Jogador Nº1:

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