Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca

Animação da DisneyToon Studios Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca (Legend of the Neverbeast, 2014), de Steve Loter, decepciona grandes e pequenos com uma história que começa encantadora, mas que termina de forma decepcionante.

Existe uma lenda de que com a passagem de um cometa pela Terra do Nunca um gigantesco monstro é despertado e começa a construir misteriosas torres, que podem destruir o refúgio das fadas. Acontece que esse monstro é descoberto pela fada Fawn, melhor amiga de Tinker Bell, que é coadjuvante num filme que leva seu nome.


Fawn é uma fada determinada, corajosa e amiga dos animais, que não tem medo de infringir regras para ajudar um animal em apuros. Ela tem o hábito de se arriscar mais do que devia ao seguir o coração em detrimento da razão e ajudar inclusive um filhote de falcão, colocando as fadas e os demais bichinhos fofinhos em risco. Ela é atraída pelo rugido de um monstro e logo se dispõe a ajudá-lo a se livrar de um espinho no pé, conquistando sua amizade e tomando a liberdade de lhe dar um nome, Ranzinza.


Esse animal enorme e estranho com olhos verdes brilhantes não é bem-vindo no Refúgio das Fadas, e as fadas guardiães estão determinadas a capturar o monstro misterioso antes que ele destrua o lar delas. Fawn, que consegue enxergar um gentil coração por baixo de sua horrível aparência, precisa convencer Tink Bell e as outras fadas a arriscarem tudo para resgatar o Monstro da Terra do Nunca antes que o tempo acabe.


No primeiro ato do filme, especialmente quando mostra os bichinhos andando livremente pelo refúgio das fadas, ficamos encantados com a fofura da animação, com canções bem adaptadas, conforme você pode conferir no trailer abaixo. O 3D acrescenta profundidade, mas deixa a película ainda mais escura, especialmente nos dois últimos atos, quando o mostro se transforma numa criatura ainda mais assustadora e com aparência demoníaca. A dublagem nacional está muito boa, até mesmo nas canções.


Produzido por Makul Wigert (O Segredo das Fadas), mas com John Lasseter como produtor executivo, vemos uma animação fraca, que apesar de abordar o tema do preconceito, facilmente cairá no esquecimento. Não merecia estar na tela grande ocupando espaço do circuito comercial. Incrível que no ingresso, consta Tinker Bell 2015 3D, neste que é o sexto filme da franquia das fadas, comprovando o caça níquel que deve estar dando bons resultados a Disney aqui no Brasil. Ano que vem deve aparecer outro.