Na tarde desse sábado, vi em família o espetáculo Plantou Palavra, Colheu Poesia na Caixa Cultural Fortaleza, projeto da atriz e gestora cultural curitibana Daniele Yanes. A montagem é uma adaptação do livro homônimo da escritora cearense Socorro Acioli, uma das mais referendadas autoras brasileiras de literatura infantil e juvenil da atualidade.
Tenho o livro desde o seu lançamento em 2014, quando inclusive prestigiei em função do trabalho da Meg Banhos. Recentemente, usamos este livro, na apresentação da Feira Cultural 2019 da minha escola. Então já nos relacionamos com essa obra há 5 anos.
A Trupe do InConto Marcado apresenta uma vibrante narrativa em homenagem aos escritores, poetas e artistas do Sertão, sobretudo, Patativa do Assaré, poeta consagrado criador de uma arte genuinamente popular. O espetáculo faz um resgate da obra e memória de Patativa, para ser apreciada pelas novas gerações. Um recorte da cultura e história do povo nordestino, da clássica família sertaneja, tão forte e criativa. Traçando um paralelo com a vida de Patativa, a peça narra a história de um menino, Francisco, que se muda com a família para Assaré e conhece um agricultor e poeta chamado Antônio. A partir deste encontro, começa sua aventura em busca de descobrir como se faz poesia.
Inspirado nas típicas trupes de teatro mambembe, o espetáculo passeia por várias linguagens em sua concepção, com a presença de bonecos, pernas de pau, música ao vivo, poesia. Possui beleza estética, conteúdo poético, brincante e profundo. A idealização e direção geral é de Daniele Yanes, que divide a cena com artistas cearenses da nova geração, os atores formados em Artes Cênicas, Geórgia Dielle e Jefferson Tinoco, e os músicos Lia Veras e Rafael Braga. A direção cênica é de Geovana Pires, atriz, diretora teatral, especialista em poesia falada, além de professora e coordenadora artística e pedagógica da Casa Poema, no Rio de Janeiro, há 20 anos.
Daniele Yanes Rodrigues iniciou sua carreira como Narizinho, do Sítio do Picapau Amarelo, na Rede Globo, (1981/1982). Formada em Artes Cênicas (São Paulo), ainda na infância também fez seu primeiro trabalho no Cinema, interpretando outra personagem marcante, Expedita, filha de Lampião e Maria Bonita, no filme “O Cangaceiro Trapalhão”, em 1982, filme que foi rodado no Ceará. Em 2008 Daniele mudou-se para Fortaleza onde morou durante 10 anos e desenvolveu o projeto de incentivo à leitura InConto Marcado, que circulou por 25 cidades do interior do estado, beneficiando mais de 35 mil pessoas, entre alunos e professores da rede púbica de ensino, com espetáculos e oficinas de teatro gratuitas.
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